SEURS 42 – Apresentação do Projeto de Extensão da UFSC realizado no Parque Ecológico
As alunas do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, Lara Gomes Ghizoni e Carol Neves Ananias, com apoio da PROEX/UFSC, participaram do 42º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS 42) entre os dias 11 e 13 de setembro de 2024 apresentando resultados baseados no histórico de atuação do projeto de extensão “Diversidade de Insetos no Parque Ecológico do Córrego Grande: Educação Ambiental e Conservação”, coordenado pela profa. Dra. Malva Isabel Medina Hernández e vinculado ao Laboratório de Ecologia Terrestre Animal (LECOTA/UFSC).
O projeto, iniciado em 2008, atua há 16 anos com extensão e educação ambiental no Parque Ecológico Municipal Prof. João Davi Ferreira Lima em Florianópolis, recebendo, todos os anos, estudantes de escolas da região e visitantes do parque de todas as idades. O foco do projeto é a educação ambiental através da manutenção de insetos vivos no insetário, localizado no quiosque de número 8 do parque, para a desmistificação desses animais e conservação desse grupo tão diverso e importante por suas funções nos ecossistemas. Além do insetário, o projeto conta também com um borboletário, atualmente inativo para o público, na qual já foram reproduzidas várias espécies de borboletas. Dentre os insetos, as borboletas são interessantes para a extensão por sua beleza e carisma, facilidade de manutenção de algumas espécies e acompanhamento e demonstração de ciclo de vida para estudantes e visitantes.
As alunas analisaram os relatórios anuais de 14 anos do projeto, excluindo o período pandêmico, visando demonstrar a potencialidade da criação ética de borboletas nativas na educação ambiental, gerando uma interação positiva das pessoas com esses animais, principalmente crianças, com oportunidade de manuseio das lagartas criadas e muitas vezes de acompanhar a soltura das borboletas adultas. As atividades do projeto não são prejudiciais ao meio ambiente ou oferecem riscos aos visitantes, pois são criadas apenas as lagartas que possuem uma manutenção ética possível, havendo conhecimento e disponibilidade da planta-alimento específica de cada espécie, e também que são inofensivas às pessoas.
No total dos 16 anos, foram registradas mais de 17 mil pessoas alcançadas pelo projeto. A extensão se deu através de palestras no insetário, parcerias com escolas, produção de material informativo e de apoio a docentes, além da participação em eventos de divulgação e extensão, como a Feira de Ciências realizada na Semana de Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (SEPEX) da UFSC, demonstrando, assim, o contínuo impacto positivo do projeto em Florianópolis.
No SEURS 42, as alunas tiveram a oportunidade de apresentar os resultados da atuação do projeto focando na educação ambiental com borboletas, no formato de uma tertúlia temática em Meio Ambiente, sendo um momento de troca com outros extensionistas da região Sul, em que puderam compartilhar e aprender com as experiências de extensão universitária e educação ambiental.